domingo, 21 de novembro de 2010

Do sábado.

Eu te vi, sonho meu!
Entre as ruas
 As pessoas nuas e meus planos
Vestidos de festa
E todas as coisas eram eu...e eu era nada
E tudo era lindo
Tudo era livre
E minha boca guardava vinho
Falava besteiras
 E ria  para o vento desordenado
tudo é tão engraçado
E a música era samba
 E a voz era alma
 E a alma era vento
E as palavras todas,eram as mesmas palavras
Mas eram sentimento
Outros idiomas
Outras significações
E eram palavras mesmas ,sendo outras
Na boca de “Eus” Iguais ...

Chá da tarde.

Água pro café no fogo
facas e tangerinas na mesa a brigar
tantas peripécias e meu dedo indicador a sangar
Doce e cítrico sabor de cortar.

Palavras ferem mais...

Lavo o rosto de sorrisos
Chá das ervas dos abismos
e então gargalho tristonho
e canto tantas histórias,pra não me explicar

Os olhos dizem mais...

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Canção da noite sem tom e final

Escudo brilhante
Fiel e harmônico
Motivos,são seis
Mi...Si...Sol...Ré...Lá...Mi...
Constantes...
Cada dedo mostra um caminho
Cada nota me leva a um gemido
Cortante...melismático
Oh...ah...ê...ah... ô...
Notas de mim que nem sei dizer
sigo cantando sem saber
ouvindo o absoluto em que me desfaço
quando tudo que quero é o relativo
tudo que quero é um relativo...
...