sábado, 30 de outubro de 2010

Inspiração.



Acordou diferente do que antes fora
E no relógio, as horas passavam como infinitas.
Olhou-se e estava mais bonita
E como quisesse voar, escreveu suas mais belas frases
Estava salva agora.
A canção lhe pertencia
E a voz,não esmorecia
Era vida!

Tinha os mesmos problemas de antes
Era o olor do mesmo mundo
Como se estivesse um sonho profundo
Depois, com aurora despertar.
Era a luz de sempre ,com novo raiar.
E as idéias lhe surgiram
Como fosse possível sua meta
Era poeta!

E chorou suas lágrimas mais lindas
Suor do seu rosto,parceiro do seu pensamento.
E como se é de acontecer
 outros dias vieram amanhecer
e numa dolorosa sensação
Seus versos nada mais eram
Perderam a razão
Foram coisas de momento
Eram vento!



sábado, 23 de outubro de 2010

Vida agora!

Passos?Muitos!
Sonhos?Poucos!
Minha vida entre loucos
E esse pulsar,convertido em alegria
E esse vício chamado nicotina
E tantas vozes ...tantos vãos
Tua vida em minhas mãos
Meu corpo...todo teu
E tua voz...ao vento
Ecoando os momentos
Alheios ao meu entendimento
E à minha percepção
Mas que são meus!
São meus inteiros
E são tudo...

Teus olhos negros
Tua pele cor de jambo
 E teu amor multicor
Sedento...
E minha calma
E minha paz...
Tormento!
Minha pele...suor teu
Toda nua
E a rua...toda minha
E os bares, todos luz
E a vida...?
A vida...
É agora!

sábado, 16 de outubro de 2010

In viva.

Acordei neste sábado como num domingo,vazia de sensações.Segredos?Já não os tenho,porque já não me sou.Pinto as unhas.Cada dedo aponta um mistério de não me ser,como que pouco a pouco tocassem a essência do nada que me forma.Na T.V,Lavoura Arcaica,enquanto as roupas balançam com a brisa irritante e depois, a fumaça.Pinto as unhas da mão direita de alegria  rosa e com a esquerda, enevoada de cinza ,levo a dor de cada momento inútil de querer me  ser.Eu sinto um prazeroso momento de mim neste instante,de não estar dentro do que me pertence e de discorrer perfeitamente dentro do EU que me condena a ser eterno.

Comecei então a inventar música,que virou só letra,depois poema e singelamente virou uma expressão:

-PORRA!BORREI AS UNHAS!

E começo a me deparar com a fragilidade de  estar sozinha ,de não mover-me naquela mesma rotina de sempre.De ser alegre para com os meus,de forjar as maneiras de Carolina e de rir,porque simplesmente tudo é engraçado.

Hoje eu acordei de forma mesmo não acordada.Eram todas as coisas na mesma disposição de antes.Eram os cadernos e papéis no chão,as roupas espalhadas e eram as mesmas 6:30 de sempre.Levantei da cama  meio nua de sonhos, do mesminho jeito de sempre de querer lembrar , de sentir as coisas que sentia na infãncia ao despertar e receber aquele bom-dia caloroso de meus pais,do sol e dia,porque  era incrível acordar.Mas hoje, eu não senti nem que há sonho.

O dia perecia  direto  me julgar,baseado em contradições.Às vezes eu causo isso também nas pessoas.
Em cada vão de mim guardo a delicadeza,distanciando-as de mim,pois quanto mais de mim tiverem, menos de mim saberão.Me arrumo novos modos, novas falas novo sorrir.Seria um conflito  se me olhassem e vissem nos olhos a ternura que guardo em cada gesto , em cada aceno,em cada mão.Se soubessesm como vivo de paixão e como me guardo em devaneios que tenho sempre ,sozinha em minha mais terna morada.Não estou em minha casa, não moro mais em mim,mas quando me era...Ah!Quando eu me era...!Eu era boba, era plena e era dele.

Ser assim se tornou arriscado e fui-me bem devagar do que me compreendia,do que me era sonho e do que me ardia.Meus desejos não são mais os mesmos.Eu não sei por quem a minha pele queima  e por onde joguei meus planos.Não sei porque as canções insistem em me apaixonar e nem mesmo porque um triste  filme me perturbou tanto.Eu só sei que sou essa fotografia de mim,sentada no sofá,pobre de ilusões ,com as mãos que ainda acenam de adeus em meio à fumaça cor-de-rosa.

sábado, 9 de outubro de 2010

Na volta.

Ontem,voltando pra casa de mais um evento contemporâneo ,cansados estávamos ,os meus sentimentos e eu.
Mais uma vez eu ali, embriagando as paixões no seguro vazio que me encharcava.
Mais uma vez era eu,sozinha de multidões.

São essas confusões minhas de mulher,de tantas coisas pequenas perdidas nas reclamações sucintas de   incertezas.
É pé-ante-pé das verdades com marcha ré do sofrimento.
É tanta coisa de momento!
É tanto eu,multidão de solidões!