domingo, 18 de setembro de 2011

Daquela ligação.

É certo que sou triste e não confio muito nos meus dias
É certo que sou brilhante, até que se tirem as mãos dos olhos, os anti-reflexos,as máscaras egoístas e preocupadas de ninguém
É certo que ando atordoada e inconstante
que dei meu ultimo beijo neste instante
na boca do que desejo
dormi ao lado de sobejo
fingi amor,mais do que pude.

Sorri pra dentro, calada
amei intensa...desvairada
cumpri a meta...


Confesso que vivi.
...Confesso que bebi!
escrevo bem alcoolizada
vivo bem desnorteada
pois sigo sempre a razão.
...recebi uma ligação!
era o passado livre
o passado forte
...não ! Era solidão!Era engano!
e eu aqui de novo, escrevendo uma canção
em tortos passos, vou ao chão
às raízes e à podridão


Confesso que perdi.
Confesso não querer mais tempo


Já vi  tudo de feio
 o desamor,  sofreguidão
 olhos aflitos...
 fome, mas não o perdão


Vi as Meninas brincando nas ruas
as vi nuas
vi seus seios, seus corpos, de Meninos ou não
tive pena
tive medo
podia ser eu
...
Poderia ter sido nós.
o primeiro amor
A luz dos olhos meus
poderia ser outra vida
dentro das muitas vidas que desperdicei


Vejo um fio de esperança
 e nos braços dele entreguei
do som do violão
do cheiro do contrabaixo
à voz fanha de sapo
aos olhos que nada sabem, nada vêem.
Me entreguei no interior, em alto mar, na praia, na rua, nos carros
me joguei de cabeça na vida
querendo viver
mal sabia eu que viver...nada mais é que aproximar o morrer
até que se fechem as luzes
até que se cubram de amor
os dedos gélidos e sós
de quem um dia sentiu dor.

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